O papa e o caos

Primeiramente, gostaria de pedir para que os católicos mais fervorosos que acessam esse blog parem de ler esse post aqui. Abaixo haverá uma série de profanações, xingamentos etc, que nem Nietzsche faria melhor.

Feito o aviso, começo minhas considerações à visita de Joseph Ratzinger ao nosso querido País.

Muito é sabido que é da natureza do ser humano se incomodar apenas quando algo o afeta. É a máxima do "ema, ema, ema, cada um com seus problemas". E eu passei a me incomodar com a visita do alemão, que atualmente ocupa o maior cargo dentro da hierarquia da Igreja Católica, quando soube que a TV Globo iria cortar o GP da Espanha de Fórmula 1 para transmitir uma missa.

Minha formação é católica, apesar de eu ter me separado da Igreja desde que fiz, compulsoriamente, a 1a Comunhão. Não tive estômago, fígado ou intestino para continuar nessa instituição. Tive aula de ensino religioso da 1a à 8a série, logo posso falar com alguma propriedade sobre o tema. E a primeira crítica é: a Igreja Católica prega que seus seguidores devem ir até a igreja mais próxima da sua casa para assistir as missas e que, assistir tal culto por outros meios que não envolvam a presença física no local em que há a celebração, de nada adianta. Nesse contexto, como explicar a verdadeira jogada de marketing que tomou conta das missas ultimamente, com transmissões ao vivo e tudo mais?

Há pessoas sendo enganadas. Isso é fato. A Igreja Católica não passa de uma instituição que prega valores medievais num mundo moderno. Não apoiar o uso da camisinha é um meio de promover a castidade? Francamente, isso é quase como falar que os bebês chegam até seus pais no bico de uma cegonha. Ao saber de fatos como esses, até Jesus se revira no túmulo. Ah, perdão, ele ressuscitou...

Por falar nele, Jesus sequer apoiaria a criação de uma instituição que, dizem, pregar sua palavra. O homem que ajudou uma prostituta (quiçá casou-se e teve filhos com ela, mas isso nunca saberemos) não apoiaria o preconceito contra diversas camadas da sociedade - apenas para citar - como os gays. Também não apoiaria que senhores de saia quebrassem seus votos de castidade com crianças, no melhor Michael Jackson's Style. O mesmo cabeludo de olhos verdes - ah a genética em plena Galiléia de dois mil anos atrás...como é interessante dar traços europeus para alguém que nasceu na região. Mas pesquisas com células-tronco, ah isso não - pode ser considerado mais um filósofo da história. E é isso que ele foi: um filósofo que pregava a tolerância e a liberdade de um povo.

Podemos agora falar um pouco das Cruzadas. O verdadeiro banho de sangue promovido pela Igreja Católica. Ou quem sabe da Inquisição: pensou diferente, fogueira neles. Mas serei mais contemporâneo: é ridículo uma proposta como a feita pelo senhor Joseph Ratzinger de transformar o Brasil num país assumidamente católico. Eu riria da cara do senhor caso ele me propusesse isso. Lula não riu, mas rejeitou. Formalidades da diplomacia...

Ah, o tão aclamado papa, que saúda brasileiros dizendo "Buenas Notches" (que ninguém pergunte a capital do Brasil pra ele. Corremos sério risco de ele falar "Buenos Aires"), fez parte da juventude nazista. O Nazismo aliás é algo interessante. Foi uma mistura de Cruzadas, Inquisição e a intolerância tão presente hoje no discurso da Igreja Católica. Obviamente, o Nazismo não ocorreu sob a tutela de uma religião. Mas também tinha como figura central um alemão (ainda bem que a grande maioria do povo alemão não é como eles). Coincidência? Dê um exército para a Igreja Católica e veremos se não há mais semelhanças até do que podemos imaginar? Quem sabe o papa não torce a cruz, transformando-a em uma suástica, e deixa crescer um bigodinho?

Enquanto isso, somos bombardeados com notícias sobre a visita do Bentão.

10h20 - Papa vai ao banheiro do Mosteiro de São Bento
10h45 - Papa assoa o nariz
11h00 - Um coroinha de 11 anos entra no quarto do papa
11h10 - Barulhos estranhos são ouvidos dentro do quarto do papa

Ops...