quinta-feira, janeiro 18, 2007

E o Rio de Janeiro...

Ok, vão me falar que lá é tão perigoso quanto aqui, em São Paulo. Concordo em termos. Em São Paulo o crime é mais, digamos, tradicional: assaltos, roubos de bens, entre outras coisas. Mas o Rio tem um fator que deixa qualquer meliante paulistano no chinelo: a criatividade.

Na Cidade Maravilhosa ficou perigoso até ter cabelo. Vocês me perguntam: como assim?
Pois vejam o texto de uma matéria que foi ao ar na noite de quarta-feira no Jornal da Globo. É, no mínimo, peculiar.

Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007
Roubo de cabelos no ônibus

Uma mulher foi assaltada num ônibus na zona norte do Rio de Janeiro. Até aí, nenhuma novidade. Só que dessa vez, o que atraiu os assaltantes estava na cabeça da moça.

Uma vendedora carioca passou cinco anos sem cortar o cabelo, e tinha 60 centímetros de cabelos castanhos escuros, lisos, que atraíram os bandidos.

Na terça-feira por volta de 22h30, ela voltava para casa, no subúrbio do Rio, quando foi abordada dentro do ônibus por três homens. Um deles estava armado. A jovem foi a única passageira assaltada: os ladrões levaram a bolsa, documentos, cartões de banco, e também o cabelo dela.

“Eu senti alguém puxando meu cabelo, e pedi para largarem, porque estava machucando. Eles puxaram a bolsa, um outro terminou de cortar meu cabelo, e desceram. Foi tudo muito rápido”, lembra a vendedora, que não quer se identificar.

Na delegacia, o caso foi registrado como roubo e lesão corporal. A polícia investiga se a jovem foi escolhida de forma aleatória ou se ela já vinha sendo perseguida pelos ladrões. Para isso, a delegada vai analisar imagens do circuito interno do shopping center onde ela trabalha, para tentar identificar algum suspeito.

“Eu acredito que tenha sido para vender em locais de confecção de peruca, apliques, salões de cabeleireiro. Acredito que seja pra isso”, disse a delegada do caso, Valéria de Castro.

A compra e venda de cabelos cresce no atacado, no varejo e até no comércio internacional. O Brasil importa o produto da Índia, a maior exportadora mundial, e vende para a África, Europa e Estados Unidos. Em 2005, este mercado movimentou quase R$ 1 milhão.

O cabelo é vendido por peso: cada 100 gramas de cabelo custam em média R$ 250. Geralmente são mais valorizados os fios virgens, que nunca foram tingidos ou submetidos a tratamentos químicos – como era o caso da vendedora. “Eu tento sair de forma que não chame tanto a atenção, mas como é que faz com o cabelo, vou deixar em casa? Não tem como”, conta a vítima.

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Essa última fala da moça é uma das coisas mais tragicômicas que eu ouvi nos últimos tempos....

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Vai Timão!

Com gols de Roger, Edson e Rosinei, o Timão bateu ontem a Ponte Preta no Pacaembu por 3X1, na estréia do Paulistão. Enquanto os bastidores fervem o time tenta se segurar em campo. Vamos ver até onde isso vai, visto que - como ficou claro ano passado - problemas extra-campo afetam sim o desempenho dos jogadores. Para a minha surpresa o time jogou bem, mesmo tendo dois laterais improvisados.

3 comentários:

Rodrigo Barneschi disse...

Cara, eu sou suspeito. E o Rio, cidade que não precisa se olhar no espelho pra tirar foto, compensa tudo. Até isso...

Rodrigo disse...

Sem cabelo vc não precisará se olhar mesmo no espelho, né?
hahahahaha

Anônimo disse...

Camarada, antes fosse só isso!
E os bandidos que descem os morros e espalham terror pela cidade? Fazem um caos quando bem entendem e a polícia não faz nada.

Até consegue, mas não quer. Prova disso são as milícias, que estão expulsando traficantes das favelas, que são políciais ou ex-policiais.