terça-feira, julho 31, 2007

PANtaquada

"Acabooou!! Acaboooou!!", gritaria um Galvão Bueno empolgado.

É rapaziada, o Pan do Rio terminou. Com uma bela participação brasileira, é verdade. Bela e ilusória.

Passamos algumas semanas sem ouvir um caso sequer de violência no Rio. Ah, como é poderosa essa mídia. Ou vocês realmente acreditam que não houve nenhuma "bala perdida achada", nenhum assalto, nenhum "perdeu preybói"?

Terminou o Pan do "orçamento-vezes-oito". E agora? O que fazer com os elefantes brancos que foram erguidos à custa de nossos impostos? Transformar em shoppings, casas de shows etc, é claro. Idéias não faltam, como pudemos ver nas aspas proferidas por César Maia e Sérgio Cabral. Restaurar Jacarepaguá, contudo, não está nos planos. Transformá-los em centros de treinamento esportivo e inclusão social, idem.

Enquanto isso, o Bob Marley do taekwondo sobrevive com R$ 600 por mês, o pessoal do atletismo treina em pistas esburacadas e oficiais das Forças Armadas pedem licença para praticarem tiro ao alvo, numa tentativa de não fazer muito feio em Pequim.

As meninas do futebol não têm um campeonato. E o tão idolatrado futebol masculino nem passou da primeira fase. Sim, nosso orgulho nacional deu vexame. Fazer o quê?

Gritariam: mas nosso vôlei é insuperável. E de fato é, só que fica uma dúvida: que motivação ter, agora que eles já ganharam tudo? Dinheiro? Dinheiro traz apenas discórdia no esporte, logo, não serviria de motivação alguma.

O Brasil nunca foi uma potência esportiva e, enquanto não houver nenhuma política de incentivo ao esporte (talento há, faltam os meios), não será. E não adianta querer usar o Panamericano como trampolim para provar que é possível organizar uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada. Seriam duas piadas de mau gosto.

Organização nunca foi nosso forte. Não conseguimos organizar nem uma fila em hospital, nem uma sala de aula, que dirá um evento internacional de grande porte. E pensando melhor, o Pan teve problemas sérios de organização, seja na venda de ingressos ou em estruturas mal feitas, como as arenas de baseball e softball. Mas, para quê falar disso, não é?

Megalomania é a palavra de ordem no momento. Podemos tudo. Fodam-se os aviões que caem ou aqueles que nem sobem. Fodam-se as pessoas que passam fome e frio nas noites geladas. Foda-se o atleta que, por amor ao esporte e em busca de uma vida melhor, faz das tripas coração e não tem nenhum incentivo. Fodam-se os escândalos de corrupção. Aqui é Brasil, porra! O céu é o limite.

O que me lembra de uma frase da época da ditadura, que pode ser perfeitamente aplicada ao momento.

Brasil, ame-o ou deixe-o.

No momento, eu juro que deixaria.

domingo, julho 22, 2007

A explicação

Smithers: Senhor, a audiência da Fórmula 1 na Inglaterra caiu vertiginosamente nos últimos minutos!

Bernie Ecclestone:
Droga! Façam o Lewis voltar à prova! Não importa o que seja necessário!

Smithers:
Sim, senhor!

sexta-feira, julho 20, 2007

Selo Oficial

Essa campanha, que visa prestar uma homenagem ao povo boliviano, surge em decorrência de dois fatos. O primeiro diz respeito à proibição dos jogos de futebol em locais que possuam mais de 2.500 metros de altitude.

O segundo, ao desempenho pífio no Pan do Rio, no qual esse tradicional país está atrás de exemplares como Ilhas Cayman (o Maluf comemorou a prata na natação), Barbados (esse país só compete nas provas masculinas, como o próprio nome atesta) e Haiti (meu Deus!).

Sendo assim, segue a homenagem.


Mudança

Como vocês notaram (ou não), hoje não terá coluna. A razão é uma migração para um outro site, específico sobre automobilismo.

Postarei maiores detalhes em breve!

quarta-feira, julho 18, 2007

Como...

...levar a sério uma competição que gera esse tipo de notícia:

Guarda municipal de MG conquista o bronze no levantamento.

Enquanto a população sofre com a violência, a corporação está brincando de levantar peso no Pan....

Da série "CHUPA"....

Após a FIFA limitar a altitude máxima para a disputa de partidas de futebol, irritando o bando de desocupados que habita aquela terra de ninguém chamada Bolívia, a entidade realizou o segundo acerto político de sua história.

FIFA rejeita inclusão da Venezuela na disputa pela Copa de 2014.

Primeiro: sou contra a realização de Copas do Mundo em países nos quais esse esporte não tem tradição. Ex: EUA;

Segundo: Seria mais uma manobra política de Hugo Chávez, aquele ditadorzinho de merda;

Terceiro: Venezuelano tem que se limitar em jogar baseball e se conformar em fazer parte de um país produtor de candidatas a Miss. Nada além disso.

Sendo assim: CHUPA, VENEZUELA!

terça-feira, julho 17, 2007

Para as horas de ócio...

Melhor do que ficar sem fazer nada é se divertir ao invés de não fazer nada. Ficou confuso? Ok, admito, ficou...

Bom, vamos ao que interessa. O blog Ócio 2007 se destina a esses momentos que não temos o que fazer. Segue a descrição oficial:

"O blog Ócio 2007 é feito por uma equipe de jornalistas, blogueiros e desenvolvedores que, a partir de recursos do pacote Office, criam aplicativos divertidos e inusitados para os momentos de lazer. O objetivo é reforçar a versatilidade do sistema e estender também seu uso no trabalho. O blog Ócio 2007 é um projeto da Microsoft Brasil."

Soa interessante, não? De qualquer forma, quem quiser testar, é só clicar aqui!

segunda-feira, julho 16, 2007

E a lógica perdeu...

Pela segunda edição consecutiva o Brasil leva a Copa América sem ser favorito. E, mais uma vez, em cima da Argentina. O que faz eu acreditar que o futebol sempre dá um jeitinho de driblar sua principal adversária: a lógica.

Essa distinta cidadã chamada lógica, que insiste em pingar ceticismo nos mais fanáticos corações. Ela, apenas ela, faria o mais brasileiro dos torcedores duvidar, mesmo que por um segundo, da vitória brasileira no domingo. Motivos para isso não faltaram: o mau futebol apresentado, a ausência dos maiores craques, um esquema tático que utilizava três - quando não quatro - volantes, a força demonstrada pelo adversário, Doni no gol...

Foi uma vitória do....quê? Em que o Brasil se superou para conseguir não só ganhar, mas golear uma Argentina com seus principais craques?

Confesso que fiquei um tempo pensando nisso. E a resposta não veio tão rapidamente quanto o gol de Júlio Baptista. Demorou mais. Uma noite pra ser exato.

E a conclusão que eu chego é que, mesmo que não seja tecnicamente forte, esse grupo da Seleção reuniu homens - no sentido mais assexuado possível. Pessoas com vontade, que se aplicam em busca de um objetivo. E esse tipo de gente, quando é provocada, reage assim. Tira forças de não-sei-onde, mas mostram que são capazes.

O mais curioso, contudo, é que a história de Dunga parece se repetir. O mesmo Dunga que emprestou seu nome para uma geração sinônimo de fracasso. O mesmo que deu a volta por cima e só não ganhou duas Copas por um acaso do destino. O mesmo que compensava qualquer deficiência com uma vontade acima da média.

Merece críticas? Certamente, mas quem não merece? Com todos os erros e acertos, a Seleção demonstrou vontade. Justamente o que faltou para um certo time de estrelas em meados do ano passado...

sexta-feira, julho 13, 2007

Coluna-Feira

"Time is money!"

Essa famosa expressão poderia ter um complemento: "So does F-1".

A coluna de hoje fala sobre a influência do dinheiro na Fórmula 1. Para ler, cliquem ali atrás.

Comentários, aqui embaixo.

quarta-feira, julho 11, 2007

É cada uma...

A grande maioria (odeio generalizar, mas nesse caso vale) das pessoas que trabalham no meio jornalístico - jornalistas de redação, de assessoria, pauteiros, produtores - sabe o quão conflituosa pode ser a relação entre o pessoal da redação e o das assessorias. Normalmente, os primeiros alegam que o assessor torra o saco, manda pauta inútil etc. Beleza.

Acabo de receber um e-mail de uma produtora da RedeTV!, a qual não vou identificar por questão de ética - qualidade que, ao contrário de alguns blogs por aí, está presente nessa página -, com um pedido de personagem para uma pauta. Segue o conteúdo do e-mail:

"Boa tarde!
Vocês conhecem alguém que está fazendo lista de casamento,chá-bar, chá de cozinha, "open house", enfim, qualquer lista!!!!"


Eu juro, após um dia estressante como o de hoje, que eu quase respondi:

"Serve lista de compras em supermercado?"

Merecia, não?

segunda-feira, julho 09, 2007

É, Massa

Em uma entrevista recente, Dunga disse que o que importa são os resultados. Firulas, jogar bonito, ficam em segundo plano.

Trazendo isso para a F-1, quem deve estar pensando assim é Felipe Massa. Deu show em Silverstone? Sim. O resultado foi bom? Não considero um desastre completo, mas ficou longe de ser o ideal.

Para ler a respeito, cliquem aqui.

sexta-feira, julho 06, 2007

Coluna-feira

E a F-1 volta ao seu berço. Será que a Ferrari mantém a boa forma vista na terra de Asterix? Alguns prognósticos podem ser encontrados aqui.

quinta-feira, julho 05, 2007

Nada contra, mas...

Nada contra times que dão ênfase à marcação. Acho importante, inclusive, que uma equipe de futebol evite cometer falhas que dê oportunidades aos adversários. Não se pode esquecer, entretanto, que dos três pontos possíveis de serem conquistados após uma partida de futebol, o empate corresponde só a um. E é justamente esse o problema da Seleção, cuja inicial eu insisto em colocar em maiúscula apenas por um bom trato ao Português.

Domingo, enquanto assistia o jogo entre Brasil e Chile, estava confortavelmente acomodado embaixo de algumas cobertas. Não deu outra: dos 90 minutos da partida, dormi pelo menos uns 60. E depois falam que F-1 dá sono...

Não quero crucificar o Dunga. Dou um desconto pela inexperiência como técnico e por seu histórico como jogador, já que o participante da turma da Branca de Neve era volante - e dos bons. Logo, nada mais natural que armar o time segundo sua visão do futebol. Mas, jogar retrancado contra adversários do nível de Chile e Equador, é de doer.

Se Kaká e Ronaldinho fizessem parte desse grupo que disputa a Copa América, a coisa poderia ser diferente sim. Mais por Kaká, menos por Ronaldinho, que além do gol contra a Inglaterra na Copa de 2002, com a camisa da Seleção nunca mostrou porque é considerado gênio. Kaká daria mais qualidade ao meio-de-campo, certamente a maior deficiência do time brasileiro na competição. Outra coisa que não me agrada é ver Vágner Love jogando como pivô no ataque. Nunca foi a dele, tanto por características físicas quanto por sua habilidade, que o coloca mais como segundo atacante, aquele que parte com a bola dominada pra cima da zaga adversária.

Mas ok, Dunga. Estamos com você. Afinal, se a CBF é por você, quem será contra? E o senhor também tem me feito um favor imenso. Ultimamente meu sono anda prejudicado pela rotina de trabalho, de coisas a fazer etc. Então, mais uma vez, obrigado por me fazer dormir por 90 minutos que, em outras épocas, eu nem piscaria. Só não estranhe se eu começar a te chamar de Soneca. Afinal, apesar da gratidão, um pouco de senso crítico não me faria mal algum. Assim como as cochiladas durante os jogos da Seleção...

segunda-feira, julho 02, 2007

O retorno do Iceman

Calma, calma, não é o subtítulo do mais novo filme dos X-Men. O título acima é só o tema da coluna dessa segunda-feira pós-GP.

Para ler, cliquem aqui. E comentem, as always.