terça-feira, novembro 21, 2006

Serei injustamente acusado por esse post


Não consigo ficar calado mediante aos acontecimentos dos últimos meses no futebol brasileiro. E ressalto um ponto: falo isso com a autoridade de quem acompanhou a vitoriosa campanha do time do coração no último ano e vibrou muito menos com o tetra de 2005 do em 90, 98, 99.

O Brasileirão perdeu o charme quando passou a ser disputado por pontos corridos. Isso é fato. Não há mais “o dia para se comemorar o título”. Não há mais surpresas. Tudo se torna um grande jogo de cartas marcadas a partir do momento em que há uma sonora disparidade entre os participantes do campeonato. E digo isso não porque meu time esse ano resolveu jogar aos 44 do segundo tempo, obteve uma campanha pífia e só vai disputar a porra da Sulamericana ano que vem.

Vejamos. Sabíamos que o time rosa seria campeão na virada de turno. Por mais que elas tivessem tropeçado algumas vezes no decorrer da 2a fase, em nenhum momento o título escapou de suas mãos. Até umas seis rodadas atrás, os jogos que elas mandavam no Morumbi tinham desempenhos pífios no quesito arquibancada. A coisa só mudou por alguns fatores, como a proximidade com o fim do campeonato, promoções de troca de ingressos por bolachas e redução de preços das entradas. Se não fosse isso, o recorde seria de, no máximo, 30 mil torcedores.

Com esse cenário, como é possível defenderem o campeonato por pontos corridos? Porque temos que europeizar tudo? É lamentável seguir uma fórmula que nada tem a ver com a tradição nacional.

Cortaram a emoção do futebol. Um exemplo disso é um time empatar em casa e ter que esperar 5 minutos para que o jogo do seu rival termine para, só então, poder comemorar um título. Ridículo não haver volta olímpica e o troféu ser entregue em uma festa com os jogadores vestidos de terno e gravata.

Se bem que no caso do time rosa, isso até foi bom. Evita que alguns torcedores “exaltadas” arranquem as cuecas dos jogadores, como já vimos acontecer...

Um comentário:

Rodrigo Barneschi disse...

Não há porque acusá-lo. Eu defendo eternamente a prevalência do mata-mata. Odeio os pontos corridos e procuro sempre elencar argumentos para defender minha opinião. Infelizmente a Globo, a toda filha da puta, está perdendo essa batalha.

Malditos pontos corridos!