"Semana passada, ao desembarcar após o empate vergonhoso com o Calcinha Preta FC, Émerson Leão, com o seu mau-humor tradicional, passou dos limites..."
Essa seria a linha mais comum nos noticiários esportivos de São Paulo no final da semana passada. Resumo da ópera: Leão, visivelmente irritado, perguntou para a jornalista Marília Ruiz (irmã de um bixo meu na faculdade), da Rede Record, se ela estava ali interessada em jantar ou ir num motel com ele. O bate-boca prosseguiu e a discussão permeou as mesas-redondas dominicais.
Aqui vos pergunto, não se Leão estava certo ou errado - afinal, não há justificativa nenhuma para uma pessoa ser machista e mal-educada -, mas sim o que vocês, jornalistas formados (90% do público desse blog) acham da cobertura futebolística. Uso o caso Leão apenas como pano de fundo, já que ele é o técnico de futebol que tem mais problemas com a imprensa.
Mesmo sendo um jornalista, poderia fazer diversas críticas à imprensa esportiva. Uma delas seria o fato de que futebol SEMPRE é assunto principal, o que acaba deixando outros esportes de força no País (como o vôlei) em um segundo plano. Mas o caso é que, como está abordado num texto do Mauro Beting que coloquei logo abaixo, a imprensa tende a criar cenários dentro do esporte. É como falar, após a 1a derrota de um time X, que o mesmo está em crise. São muitos rumores e poucos fundamentos. E, apesar da grosseria e má-educação de alguns, isso acaba por ser um dos fatores de instabilidade nessa relação entre classes profissionais distintas.
Essa é a minha opinião. Quero saber a de vocês.
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7 comentários:
Vc é uma falácia, Presunto
Considerações de ordem geral:
1. A canalhice do Leão, é bom que se diga, não foi coisa de momento. É evidente que ele já queria fazer tal pergunta à bela repórter há tempos, e aquele foi o momento oportuno. Sujo, muito sujo!
2. Meu caro, isso precisa ser dito: a palavra 'esportes' não deveria existir, pois é empregada com um sentido inadequado. O correto é 'esporte', visto que existe um, e tão somente um, o futebol. O resto é brincadeira das aulas de educação física do Primário.
3. Sinto muito, mas isso também precisa ser dito, doa a quem doer: vôlei é coisa de viado!
4. Com raras exceções, a imprensa esportiva brasileira é suja. Por lá passei e não quero voltar. É só o que tenho a dizer.
Sobre o ponto 2: discordo veementemente, mas só aceito discutir isso numa mesa de bar, que será um campo neutro.
Sobre o ponto 3: te desafio a jogar uma partida de vôlei na posição que eu jogava, líbero. Na primeira medalha que você levar, você vai mudar seu conceito sobre o vôlei.
Hahahha
Abs!
Repito e insisto: o vôlei é tão (in)expressivo quanto a saudável queimada, jogo bastante mais másculo, à medida que objetiva atingir o adversário com o máximo de força. Há um quê de agressão na parada. No entanto, ambos são brincadeiras juvenis, dignas de aulas de Educação Física.
Esporte mesmo há um só, e ele atende pelo nome de futebol. Ou calcio, como lá na pátria-mãe.
Vôlei (e todas as suas variações, incluindo o futevôlei do Romário - que me perdoe o Baixinho) é coisa de viado.
Lamentável um cara que curte Pet Shop Boys (e vai no show) difamar um esporte dessa forma...
Hahhahahahahaha
Eu gostei de um comentário que ouvi do Juca Kfouri na CBN essa semana. Ele dizia que ao destratar a pobre irmã do Caju com ofensas machistas, o Leão apenas deu mais um exemplo de como as mulheres são consideradas imbecis no mundo dos esportes. E falou que isso é um grande entrave ao desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Lembrando, é claro, que nossa modalidade feminina é boa.
Interessante esse ponto de vista.
Com o qual eu concordo.
É só ver a quantidade de jornalistas esportivas presentes na imprensa.
Escrevi igual ao Juca agora...
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